Sunday, December 16, 2007

Ele

Andava por ali vestido com roupas de nome italiano.
Assim de repente lembrava aquele auto-retrato do Van Gogh em que ele aparece de chapéu de palha. Havia por ali o dito chapéu. Que era esquecido, molhado, transportado, escovado, lavado e levado a todas as partes. Umas botas pesadas marcavam o terreno e dentro delas a cada madrugada umas meias azul turquesa. Para combinar com a cor dos olhos e afastar os mosquitos.

Ele é o homem que adora o crepúsculo porque é o outono do dia.

O homem que se compromete a encontrar livrarias mesmo quando tem um avião para apanhar. Tem medo que lhe caiam cocos na cabeça. Endoidecidos com o discurso da velha Inglesa excêntrica, que tricotou 20 casacos de malha para pinguins no árctico, todos da mesma cor qual equipa de futebol, ameaçamos rebentar. Ali debaixo dos coqueiros, à beira da praia ficamos amigos de um micro-peixe que nos seguia no mar.

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