Sunday, December 16, 2007

Mombaza love

Mombaza smells like sandalwood.
The chicken burger lacked mango, but the chutney came in assistance, brought by Joshua. What is it with this trip, we only meet men with religious names?

Cats are little lions.
Men are big ants.
The place was full of brits, HP sauce and a strong pond.
They came in flocks and with age. Dreaming of an empire which is lost. But they do not know what they cannot see.

...

She was young and beautiful.
Like a gazelle dressed in red.
He was obtuse, big and clearly undeserving.
They had an affair, having met in the hotel lobby of a Nairobi five-star.
She was the waitress and he a boer with the promise of a different life.
He fell in love.
She did not.
But he said "I work here in a construction project. I am an engineer. My mother is coming to spend the week with me in Mombaza and I would really like you to meet her."
She thought..."what do I have to lose?"
And there she went: packed her best clothes, the full bathing suit (bikinis are vulgar), the red dress for the evening and visited the hairdresser.
She wanted to make a good impression.

...

Masai Mara - photomaton

Estradas que levam até ao princípio do mundo
Pensamos que o éden começou ali
Entre todos aqueles animais selvagens
Houve o primeiro ele e ela.
E toda a natureza em perpétua renovação,
em todo o seu esplendor e crueldade.
E as cores tão profundas e tão batidas.
Amarelo, verde laranja azul.
A água como o princípio de tudo.
A pobreza.
Pessoas altas como árvores.
Crianças que se tornam adultas quando matam um leão. Com uma lança.
"Mas eu não quero isso para os meus filhos", diz o Martin.
Andamos pelos céus, num balão. Comandado pelo louco capitão francês, Michel, que não tem carta mas tem charme.
Um leopardo nunca muda as pintas.
E as estradas esburacadas e nós aos saltos.
Da próxima vez, um todo-terreno faz favor.

Ele

Andava por ali vestido com roupas de nome italiano.
Assim de repente lembrava aquele auto-retrato do Van Gogh em que ele aparece de chapéu de palha. Havia por ali o dito chapéu. Que era esquecido, molhado, transportado, escovado, lavado e levado a todas as partes. Umas botas pesadas marcavam o terreno e dentro delas a cada madrugada umas meias azul turquesa. Para combinar com a cor dos olhos e afastar os mosquitos.

Ele é o homem que adora o crepúsculo porque é o outono do dia.

O homem que se compromete a encontrar livrarias mesmo quando tem um avião para apanhar. Tem medo que lhe caiam cocos na cabeça. Endoidecidos com o discurso da velha Inglesa excêntrica, que tricotou 20 casacos de malha para pinguins no árctico, todos da mesma cor qual equipa de futebol, ameaçamos rebentar. Ali debaixo dos coqueiros, à beira da praia ficamos amigos de um micro-peixe que nos seguia no mar.

Cronicas do Quenia - parte I

Samuel era o filósofo que gostava de erva
e proclamava a paz do mundo
Dizia Black is Gold
E subia as montanhas como árvores
Alcançava
e saltava
No topo de Longonot sacou de um saco
e ofereceu-nos guloseimas.
Cantamos juntos, No Woman no Cry.

Michael era um silêncio de ouro
Uma timidez de Kikuyo
e uma simplicidade sem igual,
sagaz e paciente.
Limpava a carrinha ao anoitecer.
A Abigail faz um ano em Dezembro.
Prometemos pepernoten e gomas.