A onda gigante
Umas 6 horas depois de ter chegado ao hotel, 4 das quais passadas pelas brasas de um sono profundo induzido pela longa viagem, outra a nadar na piscina e uma estendida de papo para o ar, tocou o telefone.
Era o chefe, a dizer que havia um alerta geral de um potencial tsunami. Porque tinha havido um terramoto de escala 6.9...na Indonésia.
Depois de um fugaz momento em que mentalmente revisitei aquelas desastrosas imagens do dia 26 de dezembro de há uns anos atrás, fiquei calada.
Estática na cama. Quietinha quietinha. E as células cinzentas a trabalhar...que fazer? O meu saco. Que ponho lá dentro? O passaporte, dinheiro, outros documentos, coisas úteis, sabonete, telefones...e de repente percebi que não adiantava. Se acontecesse acontecia e independentemente de tudo nunca estaria preparada.
Porque nunca estamos preparados. Mesmo que. Mesmo que se pense que sim.
Saco feito, sentada novamente na cama, BBC ligada, seguia atentamente o desenvolvimento das notícias.
Veio o room service, foi-se o jantar, e depois chegou o cansaço. Adormeci. Mesmo sem saber se não ia acordar dali a nada, assustada.
Já na manhã seguinte, vim a saber que estava tudo bem. E que a dita onda não tinha existido.
Mas a espuma dos dias tinha arrombado as minhas certezas e mais uma vez alertado para a fragilidade das coisas. E dos seres humanos.
Era o chefe, a dizer que havia um alerta geral de um potencial tsunami. Porque tinha havido um terramoto de escala 6.9...na Indonésia.
Depois de um fugaz momento em que mentalmente revisitei aquelas desastrosas imagens do dia 26 de dezembro de há uns anos atrás, fiquei calada.
Estática na cama. Quietinha quietinha. E as células cinzentas a trabalhar...que fazer? O meu saco. Que ponho lá dentro? O passaporte, dinheiro, outros documentos, coisas úteis, sabonete, telefones...e de repente percebi que não adiantava. Se acontecesse acontecia e independentemente de tudo nunca estaria preparada.
Porque nunca estamos preparados. Mesmo que. Mesmo que se pense que sim.
Saco feito, sentada novamente na cama, BBC ligada, seguia atentamente o desenvolvimento das notícias.
Veio o room service, foi-se o jantar, e depois chegou o cansaço. Adormeci. Mesmo sem saber se não ia acordar dali a nada, assustada.
Já na manhã seguinte, vim a saber que estava tudo bem. E que a dita onda não tinha existido.
Mas a espuma dos dias tinha arrombado as minhas certezas e mais uma vez alertado para a fragilidade das coisas. E dos seres humanos.
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